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Desporto

A HORA DAS DECISÕES

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Carlos Martins

Carlos Martins

A Primeira Liga está na sua reta final e tudo está praticamente decidido no que diz respeito aos lugares cimeiros da tabela. Com o empate no “clássico” da Luz, entre Benfica e FC Porto, os encarnados deram um passo quase decisivo para chegar ao título de (bi)campeão nacional.

Desta forma, o nulo no marcador deixou tudo na mesma entre os primeiros da classificação. O Benfica mantém a vantagem de três pontos sobre o rival (para além de ter vantagem no confronto direto) e é a única equipa que depende apenas de si própria para vencer o Campeonato. Quanto aos azuis e brancos, terão obrigatoriamente que ganhar os seus jogos e esperar por um deslize do Benfica.

Conforme salientou a esmagadora maioria dos comentadores desportivos, o jogo da Luz teve poucos momentos de emoção. Tal facto deveu-se, essencialmente, ao reduzido número de oportunidades de golo criadas pelas duas equipas.

É certo que cabia aos dragões a difícil tarefa de “assumir” o controlo e as despesas do jogo, indo à procura da vitória; enquanto aos encarnados lhes bastava (como bastou) o empate.

Por isso viu-se, de um lado, um FC Porto com muita posse e circulação de bola (mas poucas oportunidades de golo); e, do outro lado, um Benfica mais calculista e na expectativa, sem arriscar um milímetro que fosse no ataque, a jogar com o “resultado” que lhe interessava…

A estratégia defensiva de Jesus funcionou, tal como já tinha funcionado no jogo do Dragão, na primeira volta. Aí, perante um FC Porto dominador e superior ao rival, o Benfica contrapôs com um futebol cínico e de contenção, aproveitando dois deslizes do adversário para marcar.

Sejamos francos: só uma catástrofe tirará o título ao Benfica. Os encarnados têm tudo a seu favor: quatro jogos com adversários acessíveis e uma massa adepta ansiosa por comemorar o bicampeonato que lhe escapa há 30 anos (desde as épocas 1982/84, com o treinador sueco Sven-Göran Eriksson).

Ainda assim, não convém começar já a fazer a festa. A História recente deu-nos vários exemplos de que é um erro encomendar as faixas de campeão antes do tempo. Primeiro, há que tratar de ganhar os jogos dentro do campo e então, só quando tudo estiver matematicamente decidido, iniciar os festejos.

Por outro lado, no FC Porto ainda se acredita que é possível chegar ao título e estragar a festa ao rival. A filosofia e a “mística” do clube a isso obrigam… A palavra de ordem no Dragão é a de que ninguém atire a toalha ao chão. Nada de desistir, pois há que continuar a lutar.

E como diz o ditado: “A esperança é a última a morrer…”

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