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Desporto

Futsal: Portugal consegue reviravolta épica e sagra-se Bicampeão Europeu

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Depois da vitória sobre a vizinha Espanha, num encontro alusivo à meia-final do Campeonato da Europa que se realizou nos Países Baixos. À partida para o encontro, ambas as seleções tinham o objetivo de vencer e erguer o troféu. Sobre Portugal recaía a uma maior responsabilidade, uma vez que era o detentor do título.  

Detentor do título entrou adormecido no jogo

A Rússia entrou muito bem ofensivamente o que obrigou os comandados de Jorge Braz a  assumirem mais funções defensivas. A seleção adversária beneficiou de um livre cobrado por Artem Antoshkin, que tirou tinta ao poste e bateu na malha lateral. 

Com o decorrer do tempo, as duas formações apresentaram bons desenhos ofensivos. No entanto, a Rússia inaugurou o marcador, após um passe longo de Paulinho para a receção de Anton Sokolov que rodou sobre Pany Varela e rematou para golo, num lance em que a mancha de André Sousa, guarda-redes português, deixou a desejar.

Depois da pausa técnica, a seleção russa entrou mais forte, investiu em ataques mais rápidos e aumentou a vantagem após um golo de Andrei Afanasyev, aos 13 minutos. A seleção adversária continuava a mostrar-se superior no encontro, mas André Sousa negava todas as ofensivas com boas defesas.

Portugal estava a trocar bem a bola, com destaque para a iniciativa individual de Zicky Té, mas não  criava situações de perigo. A defesa russa estava bem no jogo e cortava todos os remates. No minuto seguinte, Tomás Paçó reduziu a desvantagem, num remate de meia distância, após reposição de bola de Bruno Coelho. O resultado ao intervalo era de 1-2.

Reviravolta épica dos portugueses

No início da segunda parte, a Rússia entrou mais fulgurante com um remate perigoso, defendido por André Sousa, que se mostrava muito confianteentre os postes. A seleção russa entrou também mais faltosa, com a seleção portuguesa a beneficiar de um livre perigoso, mas Bruno Coelho não conseguiu converter e enviou uma bola tensa a rasar o poste esquerdo.

Portugal começou a acordar para o jogo com o decorrer do segundo tempo e adotou uma estratégia de maior pressão ao adversário. Zicky Té quase faturou num passe a rasgar a defesa Russa. Minutos depois, Pauleta ameaçou a baliza adversária com um remate forte e no seguimento dessa jogada, André Coelho empatou o encontro, com um golo fortuito de bola parada, que bateu no guarda-redes antes de entrar na baliza.

A maior fonte de perigo da seleção Russa era Sokolov que rematou forte para um grande corte de Fábio Cecílio, que evitou  que a Rússia passasse para a frente do marcador.  O jogador russo continuava a ameaçar as redes da baliza portuguesa, mas André Sousa estava seguro nos postes e mantinha o jogo em aberto. 

Portugal ganhou pujança para partir em direção à baliza do adversário e, aos 32 minutos, passou para a frente do marcador com o bis de André Coelho, após uma grande jogada coletiva da seleção portuguesa e com um passe de trivela magistral de Miguel Ângelo.

Após este golo, Portugal desligou da ficha e teve de ser André Sousa a reagir face às investidas dos adversários. Até ao final do encontro a seleção portuguesa esteve a ver os Russos a trocarem a bola, mantendo-se na defesa com linha baixa em formato diamante e a conter as investidas do adversário. O russo Abramov mandou um remate ao ferro, o que evidenciava as dificuldades portuguesas para conter este ímpeto final.

Depois da pausa técnica, a Rússia passou a utilizar um guarda-redes avançado que apoiou mais as investidas, mas André Sousa demonstrava enorme segurança com defesas monumentais. Após uma má troca de bola dos adversários, Pany Varela roubou a bola e marcou o golo que sentenciou o jogo, a um segundo do fim. O resultado final foi 4-2.

Zicky Té que com a sua “arte e engenho” ajudou Portugal nesta conquista histórica, recebeu o prémio de melhor jogador do torneio,. Após o jogo, não conseguiu conter as lágrimas e agradeceu à sua família e aos colegas, onde salientou que o grupo de trabalho possui uma “mentalidade muito forte” e uma  “grande força de vontade”.

No final do encontro, o selecionador Jorge Braz demonstrou um grande orgulho na sua equipa e frisou a qualidade da seleção russa. “Mesmo um dia que não consigamos ganhar vamos ter esta atitude, prazer de jogar e ser portugueses. A minha felicidade e orgulho é intocável, fosse qual fosse o resultado”, reforçou. Para finalizar, referiu que o troféu seguinte é a revalidar o Mundial.

Com este resultado, Portugal conquistou o troféu de Campeão da Europa, pela segunda vez consecutiva, algo inédito na história do futsal luso. A seleção portuguesa volta a entrar em campo, para um jogo amigável de preparação, contra o Panamá, a 8 de abril.

 Artigo da autoria de Diogo Esteves